Silvia Federici – Mulheres, globalização e o movimento feminista internacional

Imagens de mulheres segurando suas crianças em meio a escombros do que foram suas casas, ou lutando para recriar uma vida sob as barracas dos campos de refugiados, ou trabalhando em sweatshops, bordéis, ou como trabalhadoras domésticas em países estrangeiros, há anos têm aparecido nos noticiários. As estatísticas corroboram essa narrativa de vitimização de tal maneira que “feminização da pobreza” virou categoria sociológica. Ainda assim, mesmo em círculos feministas, os fatores que motivam tal deterioração na condição de vida das mulheres[1]  – ironicamente coincidindo com a campanha da ONU para a melhora da posição feminina – não são compreendidos adequadamente nos Estados Unidos. Sociólogas feministas concordam que, globalmente, as mulheres estão sofrendo com o “custo desproporcional” pela “integração à economia global” de seus países. Mas a razão disso não é discutida ou é atribuída ao viés patriarcal das agências internacionais que promovem a globalização. Assim, algumas organizações feministas passaram a defender uma nova “marcha nas instituições” para influenciar o desenvolvimento global e fazer as agências financeiras, como o Banco Mundial, “mais sensíveis ao gênero”[2]. Outras começaram a pressionar os governos pela implementação das recomendações da ONU, convencidas de que a melhor estratégia é a “participação”.

 

No entanto, a globalização é especialmente catastrófica para as mulheres não porque é gerida por agências dominadas por homens ignorantes das necessidades das mulheres, mas por causa de seus objetivos.

 

A globalização pretende dar ao capital corporativo total controle do trabalho e dos recursos naturais. Para tanto, precisa expropriar os trabalhadores de qualquer meio de subsistência que possa permiti-los resistir à intensa exploração. Portanto, só pode ter sucesso por meio de um ataque sistemático às condições materiais de reprodução social e nos principais sujeitos desse trabalho, que na maioria dos países são as mulheres.

 

As mulheres são vitimadas também porque são culpadas dos dois maiores crimes que a globalização se propôs a combater. Por meio da luta, foram elas que mais contribuíram à “valorização” do trabalho de suas crianças e comunidades, desafiando as hierarquias sexuais sob as quais o capitalismo se baseia e forçando o Estado-nação a expandir o investimento na reprodução da força de trabalho[3]. Elas também foram as principais proponentes de um uso não-capitalista dos recursos naturais (terras, águas, florestas) e agricultura orientada à subsistência. Portanto, resistiram à total comercialização da “natureza” e à destruição dos últimos resquícios do comum[4].

 

É por isso que a globalização em todas as suas formas capitalistas – ajustes estruturais, liberalização do comércio, guerras de baixa intensidade – é, em essência, uma guerra contra as mulheres, e especialmente devastadora para as mulheres no “terceiro mundo”, mas que compromete a subsistência e a autonomia das mulheres proletárias em todo o mundo, incluindo os países capitalistas “avançados”. A partir disso, conclui-se que as condições econômicas e sociais das mulheres não podem ser melhoradas sem uma luta contra a globalização capitalista e pela deslegitimação das agências e programas que mantêm a expansão global do capital, começando pelo FMI e pelo Banco Mundial, e pela OMC. Em contraste, qualquer tentativa de “empoderar” as mulheres “generizando” [gendering] essas agências não só está condenada ao fracasso, mas pode ter um efeito mistificador, permitindo a cooptação das lutas das mulheres contra a agenda neoliberal e por uma alternativa não-capitalista[5].

 

Globalização: Um Ataque à Reprodução

 

Para entendermos porque a globalização é uma guerra contra as mulheres devemos compreender esse processo “politicamente”, como uma estratégia que visa derrotar a “recusa do trabalho” operária por meio da expansão global do mercado de trabalho. É uma resposta ao ciclo de lutas iniciados com os movimentos anti-coloniais e continuando até os movimentos Black Power, Blue Collar e Feminista dos anos 60 e 70, que desafiaram a divisão internacional e sexual do trabalho, causando não só uma crise de lucratividade histórica, mas também uma verdadeira revolução cultural e social. As lutas das mulheres – contra a dependência aos maridos, pelo reconhecimento do trabalho doméstico como trabalho, contra as hierarquias raciais e sexuais – têm sido um aspecto chave dessa crise. Portanto, não é de se espantar que os programas associados à globalização tenham tomado as mulheres como alvos principais.

 

Programas de ajuste estrutural, por exemplo, apesar de promovidos como meios para recuperação econômica, destruíram as condições de vida das mulheres, impossibilitando a reprodução de si e de suas famílias. Um dos principais objetivos desses programas é a “modernização” da agricultura, isto é, sua reorganização sob uma base comercial e voltada à exportação. Isso significa que mais terra é convertida para o cultivo de safras rentáveis e mais mulheres, mundialmente predominantes na agricultura doméstica, são removidas. Mulheres também foram removidas pela retração do setor público, que resultou na esfacelação dos serviços sociais e do emprego. De novo, as mulheres pagaram o maior preço, pois não só foram as primeiras a ser demitidas, mas também porque o acesso à assistência de saúde e infantil significa vida ou morte[6].

 

A criação de “linhas de montagem globais”, que disseminam sweatshops pelo mundo e alimentam-se do trabalho de mulheres jovens, é parte dessa guerra contra as mulheres e a reprodução. É certo que ser uma trabalhadora industrial para o mercado global pode representar uma maior autonomia para certas mulheres[7]. Mas mesmo quando isso é verdade, em contrapartida, perde-se a saúde e a possibilidade de ter uma família, dadas as longas horas de trabalho e as perigosas condições de trabalho em Zonas de Livre Comércio. É uma ilusão pensar que o trabalho nessas zonas seja uma solução temporária a mulheres antes do casamento. A maioria delas acaba perdendo a vida em fábricas que mais parecem prisões, e mesmo aquelas que se demitem descobrem que seus corpos já foram feridos. Considere o caso das jovens mulheres trabalhando na indústria de flores na Colômbia ou no Quênia, as quais depois de anos ou até meses de trabalho ficam cegas ou desenvolvem doenças mortais por causa da constante exposição a fumigação e pesticidas[8].

 

Evidências da guerra de agências internacionais contra as mulheres, especialmente as do Sul, é o fato de tantas terem sido forçadas a migrar para o Norte, onde desempenham, na maior parte dos casos, trabalho doméstico.  São mulheres do Sul que tomam conta das crianças e dos idosos em muitos países da Europa e nos Estados Unidos, um fenômeno que alguns têm chamado de “maternidade global” e “cuidado global”[9].

 

Para se consolidar, a nova economia mundial se apoia no desinvestimento estatal no processo de reprodução social.  O corte do custo do trabalho em favor da lucratividade da nova economia global é tão crucial que, onde dívida e ajustes não foram suficientes, a guerra completou o serviço. Em outro lugar eu mostrei que muitas guerras travadas em anos recentes no continente africano têm origem nas políticas de ajuste estrutural, que exacerba os conflitos locais e compele as elites locais a acumularem apenas através de saques e pilhagem. Quero enfatizar que a maioria das guerras contemporâneas tem a intenção de destruir a agricultura de subsistência e, portanto, direcionam-se, principalmente, às mulheres. Isso é verdade tanto para a “guerra às drogas”, que serve para destruir as colheitas de pequenas fazendas, quanto para as guerras de baixa intensidade e “intervenções humanitárias”.

 

Outros fenômenos decorrentes da globalização têm consequências destrutivas às mulheres e à reprodução: contaminação do meio ambiente, privatização da água – a última missão do Banco Mundial que cavalheirescamente vê as guerras do século XXI motivadas por água – corte e exportação de florestas inteiras[10]. Há uma lógica que traz de volta regimes de trabalho típicos das plantations coloniais, onde trabalhadores trabalhavam para o mercado mundial e mal se reproduziam. As principais estatísticas dos países “ajustados” são eloquentes nesse ponto. Tipicamente, indicam:

 

  • Aumento da taxa de mortalidade e redução da expectativa de vida (cinco anos ao nascer, para crianças africanas)[11].
  • O colapso de famílias e comunidades, levando crianças a viver nas ruas e a trabalhar como escravas[12].
  • Número crescente de refugiados, em sua maioria mulheres, removidas pela guerra ou por medidas econômicas[13].
  • O crescimento de mega-favelas alimentadas pela expulsão de fazendeiros de suas terras.
  • O crescimento da violência contra as mulheres sob as mãos dos parentes homens, de autoridades governamentais e exércitos beligerantes[14].

 

No “Norte”, também, a globalização devastou a economia que sustenta as vidas das mulheres. Nos Estados unidos, provavelmente o exemplo de maior sucesso do neoliberalismo, o sistema de bem-estar foi totalmente desmantelado  – especialmente o AFDC [Aid to Families with Dependent Children], que afetou as mulheres com crianças dependentes[15]. Assim, famílias cujos chefes são mulheres foram totalmente pauperizadas, e mulheres trabalhadoras se veem obrigadas a ter mais de um emprego para sobreviver. Enquanto o número de mulheres na cadeia continuou a crescer, e uma política de encarceramento em massa prevaleceu, sendo consistente com o retorno a economias de análogas ao plantation no coração do industrialismo.

 

 

A Luta das Mulheres e o Movimento Feminista Internacional

 

Quais as implicações para o movimento feminista internacional? A resposta imediata é: as feministas não deveriam apenas apoiar o cancelamento da “dívida do terceiro mundo”, mas engajar-se numa campanha de reparações, devolvendo os recursos naturais roubados às comunidades devastadas pelo “ajuste”. A longo prazo, as feministas devem reconhecer que não podemos esperar qualquer melhora em nossas vidas dentro da sociedade capitalista. Pois, assim que movimentos anti-coloniais, de direitos civis e feministas forçaram o sistema a fazer concessões, reagiu-se com o equivalente a uma guerra nuclear.

 

Se a destruição dos nossos meios de subsistência é indispensável para a sobrevivência de relações capitalistas, esse deve ser nosso terreno de luta. Devemos nos juntar às lutas das mulheres no “sul”, que mostraram a capacidade das mulheres em balançar até os regimes mais repressivos[16]. Um exemplo são as Madres de la Plaza de Mayo na Argentina, que por anos têm desafiado um dos regimes mais repressivos do planeta, num tempo em que ninguém no país ousava mexer um dedo[17]. Um caso similar é o das mulheres proletárias/indígenas do Chile que, após o golpe militar de 1973, juntaram-se para assegurar a suas famílias alguma comida – por meio da organização de cozinhas comunitárias, tornando-se conscientes, no processo, de suas necessidades e força enquanto mulheres[18].

 

Esses exemplos mostram que o poder das mulheres não vem de cima, entregue por instituições globais como as Nações Unidas, mas que deve ser construído por baixo, pois apenas por meio da auto-organização as mulheres podem revolucionar suas vidas. Certamente, feministas fariam bem em reconhecer a coincidência de iniciativas das Nações Unidas em nome dos direitos das mulheres com o mais devastador ataque às mulheres em todo o planeta, e que a responsabilidade é exclusivamente de agências membras do sistema das Nações Unidas: o Banco Mundial, FMI, OMC, e, acima de tudo, o Conselho de Segurança da ONU. Em contraste com o “feminismo” da ONU, com suas ONGs, seus projetos de geração de renda e sua relação paternalista com movimentos locais, emergem as organizações de base de mulheres na África, Ásia e América Latina, lutando por serviços básicos (como estradas, escolas, clínicas), resistindo aos ataques governamentais a vendedores ambulantes, uma das principais formas de subsistência feminina, e defendendo a si mesmas contra os abusos de seus maridos[19].

 

Como toda forma de auto-determinação, a libertação das mulheres demanda condições materiais específicas, começando pelo controle de meios básicos de subsistência e de produção. Como Maria Mies e Veronika Bernholdt-Thomsen argumentaram em The Subsistence Perspective (2000), esse princípio é válido não só para mulheres no “terceiro mundo”, que têm sido grandes protagonistas na luta pela reconquista da terra roubada por grandes latifundiários, mas também para mulheres em países industrializados. Em Nova Iorque, mulheres combatem escavadeiras para defender seus jardins urbanos, os frutos de muito trabalho coletivo que uniu comunidade inteiras e revitalizou bairros previamente considerados zonas de desastre[20].

 

Mas a repressão a tais projetos indica que precisamos de uma mobilização feminista contra  intervenção do Estado na nossa vida cotidiana, assim como em assuntos internacionais. As feministas também devem se organizar contra a brutalidade policial, a militarização, e, em primeiro lugar, a guerra. Nosso primeiro e mais importante passo deve ser combater o alistamento de mulheres nos exércitos, que foi infelizmente introduzido com o apoio de algumas feministas em nome da igualdade e emancipação femininas. Há muito que podemos aprender com essa política mal orientada. A imagem da mulher de uniforme, conquistando a igualdade com os homens por meio do direito de matar, é a imagem do que a globalização pode nos oferecer: o direito de sobreviver às custas de outras mulheres e crianças, cujos países e recursos o capital corporativo precisa explorar.

[1] Refiro-me às ações promovidas pela ONU em nome da emancipação feminina, incluindo as Cinco Conferências Globais sobre as Mulheres, e a Década da Mulher (1976-1985). Conferir os seguintes textos: From Nairobi to Beijing (Nova Iorque: United Nations, 1995); The World’s Women 1995: Trends and Statistics (Nova Iorque: United Nations, 1995); The United Nations and the Advancement of Women: 1945-1996 (Nova Iorque: United Nations, 1996); e Mary K. Meyer e Elizabeth Prugl (orgs), Gender Politics in Global Governance (Boulder: Rowman and Littlefield Publishers Inc, 1999).

 

[2]Christia Wichterich, The Globalized Woman: Reports from a Future Inequality (Londres: Zed Books, 2000); Marilyn Porter e Ellen Judd (orgs), Feminists Doing Development: A Practical Critique (Londres: Zed Books, 1999).

 

 

[3] Veja, por exemplo, a luta de mãos sob o welfare nos Estados Unidos nos anos 60, que foi o primeiro caso da negociação entre mulheres e Estado no plano da reprodução. Com essa luta, mulheres sob o Aid to Families with Dependent Children, conseguiram transformar o welfare no primeiro “salários para o trabalho doméstico”. Conferir Milwaukee County Welfare Rights Organization, Welfare Mothers Speak Out.

[4] Sobre a luta dos mulheres contra a deflorestamento e contra a comercialização da natureza, conferir, entre outros, Filomina Chioma Steady, Women and Children First: Environment, Poverty, and Sustainable Development (Rochester, VT :Schenkman Books, 1993.); Vandana Shiva, Close to Home: Women Reconnect Ecology, Health and Development Worldwide (Filadélfia: New Society Publishers, 1994); Radha Kumar, The History of Doing: An Illustrated Account of Movements for Women’s Rights and Feminism in India 1800–1990. (Londres:Verso, 1997); Yayori Matsui, Women in the New Asia: From Pain to Power  (Londres: Zed Books, 1999).

 

[5] Para uma história de como o Banco Mundial aumentou sua “preocupação com o gênero” como resultado da crítica de ONGs, conferir Josette L. Murphy, Gender Issues in World Bank Lending (Washington, DC: The World Bank, 1995).

[6] Meredith Thurshen, (org), Women and Health in Africa (Trenton, NJ: Africa World Press, 1991); Folasode Iyun, “The Impact of Structural Adjustmenton Maternal and Child Health in Nigeria”, in Women Pay the Price: Structural Adjustment in Africa and the Caribbean, (org). Gloria T. Emeagwali (Trenton :Africa World Press, 1995).

[7] Susan Joekes, Trade Related Employment for Women in Industry and Services in Developing Countries (Genebra: UNRISD, 1995).

[8] Wichterich, Globalized Woman, 1-35.

[9] Arlie Hochschild, “Global Care Chains and Emotional Surplus Value”, in Global Capitalism. Will Hutton e Anthony Giddens (Nova Iorque: The New Press, 2000).

[10] Shiva, Close to Home

[11] Nações Unidas, The World’s Women 1995, 77.

[12] Bernard Schlemmer (org), The Exploited Child (Londres: Zed Books, 2000).

[13] Entre 1986 e 1995, dobrou-se o número de pessoas internamente despejadas (de 20 para 10 milhões). Cf. Roberta Cohen e Francis M. Deng Masses in Flight: The Internal Crisis of Internal Displacement (Washington, DC: Brookings Institution Press, 1998, 32. Sobre esse assunto, conferir também Macrae e Zwi, War and Hunger.

[14] Naomi Neft e D. Levine, Where Women Stand: An International Report on the Status of Women in 140 countries, 1997-1998 (Nova Iorque: Random House, 1997), 151-63.

[15] Mimi Abramovitz, Regulating the Lives of Women: Social Welfare Policy from Colonial Times to the Present (Boston: South End Press, 1996).

[16] Sob a mais brutal pauperização, são as mulheres que cuidam das crianças e dos idosos, enquanto é mais provável que seus parceiros homens abandonem a família, bebam seus salários ou descontem seus males em suas companheiras. De acordo com as Nações Unidas, em muitos países, como Quênia, Gana, Filipinas, Brasil e Guatemala, apesar da renda das mulheres ser muito menor que a dos homens, em lares mantidos por mulheres há menos crianças severamente mal-nutridas. (Nações Unidas, The World’s Women, 129).

[17] Jo Fisher, Out of the Shadows: Women, Resistance and Politics in South America (Londres, LAtin America Bureau, 1993): 103-115.

[18] Ibid., 17-44, 177-200.

[19] Elizabeth Jelin, Women and Social Change in Latin America (Londres: Zed Books, 1990); Carol Andreas, Why Women Rebel: The Rise of Popular Feminism in Peru (Westport CT: Lawrence Hill Company, 1985).

[20] Elvia Alvarado, Don’t Be Afraid, Gringo: A Honduran Woman Speaks from the Heart (Nova Iorque: Harper and Row, 1987); Bernadette Cozart, “The Greening of Harlem,” in Avant Gardening: Ecological Struggle in the City and the World, (orgs). Peter Lamborn Wilson and Bill Weinberg (Nova Iorque: Autonomedia, 1999); Sarah Ferguson, “A Brief History of Grassroots Greening in the Lower East Side,” in Avant Gardening.

Tradução para o português brasileiro diretamente de edição na língua original (inglês), feita de forma voluntária pelo Coletivo Autonomista!. Texto retirado de Revolution at Point Zero: Housework, Reproduction, and Feminist Struggle. PM Press, 2012.
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